quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Quinta do Alméu

Fotografias antigas da Quinta do Alméu situada na freguesia de Macinhata da Seixa.


sábado, 18 de agosto de 2012

Escola Indústrial e Comercial de Oliveira de Azeméis

Escola Indústrial e Comercial de Oliveira de Azeméis, fotografia da década de 60.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Creche e escola Centro Vidreiro do Norte de Portugal

Fotografia antiga da creche e escola do Centro Vidreiro do Norte de Portugal.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Refeitório do Centro Vidreiro do Norte de Portugal

Fotografia antiga do refeitório do Centro Vidreiro do Norte de Portugal.

António Simões dos Reis


Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis de 1880 a 1881.

Nascimento
1842 – Condeixa

Falecimento
4/05/1905 – Porto

Profissão
Advogado

Mandato(s)
1880 a 1881

Elementos Biográficos
Originário de uma família ilustre de Condeixa, ainda era parente de Rodrigo Fonseca Magalhães. Estudou latim no Sebal em 1853 e em 1866 concluiu o curso de direito na Universidade de Coimbra. Filiou-se no Partido Progressista, logo após a sua formação, sob a égide do Duque de Loulé.

Em Condeixa foi responsável pela criação do teatro, tendo participado como amador em algumas peças, durante o tempo de estudante em Coimbra. Era também um adepto dos prazeres da caça, organizando algumas batidas para os seus amigos.

Antes de vir para Oliveira de Azeméis em 1878, onde exerceu advocacia, foi Administrador nos concelhos de Condeixa, Soure e Montemor-o-velho.

Em Oliveira de Azeméis, fundou e foi o primeiro director do “Jornal do Povo“, que se alinhava com as ideias do Partido Progressista.

Casou com Eduarda Elisa de Sousa Vasques, natural de Cucujães. Sofria de reumatismo, sendo ciclicamente noticiados no “Jornal do Povo“ os períodos de doença reumática do seu fundador.
Em Março de 1887 é eleito deputado pelo círculo de Oliveira de Azeméis e Sever do Vouga, na lista do Partido Progressista. Reeleito deputado, pelo mesmo círculo, em 20/10/1889 e em Novembro de 1899.

Em Setembro de 1887 consegue a classificação como Distrital da estrada para Nogueira do Cravo, transferindo esse encargo dos cofres da Câmara para os órgãos distritais. Em simultâneo diligencia para a atribuição de subsídios para a ponte da Escravilheira e estrada para Sever do Vouga, apoiando assim os seus correligionários progressistas, então no poder.

No ano de 1892 transferiu a sua residência para a cidade do Porto, onde continuaria a exercer advocacia e chegou a ser Juiz substituto, mas manteve sempre a ligação a Oliveira de Azeméis, onde vinha amiúde.

Em 1905 é eleito deputado, pela última vez, pelo círculo do Porto. Não chega, no entanto, a tomar posse por falecer antes da abertura das Câmaras.

Acontecimentos Marcantes do(s) Mandato(s)
Apesar de ter sido presidente da Câmara apenas durante dois anos, Simões dos Reis tornou-se numa das figuras marcantes do desenvolvimento oliveirense, não só pelo trabalho desenvolvido durante o mandato, mas também pela sua actividade como deputado.

O seu início de mandato fica marcado pela atribuição de um voto de louvor ao seu antecessor – Gaspar Máximo Ferraz Bravo – e pela nomeação de António José Ferreira Alegria para Director do Asilo da Infância Desvalida, depois de António Bernardo da Costa Pinto ter pedido escusa do cargo, devido à sua idade avançada.
As grandes cheias de 1879 ainda vão influenciar a sua acção no que respeita à realização de obras, pois muitos dos caminhos, estradas e pontes tinham ficado gravemente afectadas, o que o levou a avançar com a reconstrução de pontes em Ul, Figueiredo, Minhoteira, Avelar e Madail – contraindo um empréstimo de 2.000$000 reis para a reconstrução destas últimas - e a tomar posse administrativa da ponte de S. Martinho da Gândara, após um conflito com o construtor.

Tenta iniciar o 4º lanço da estrada para Arouca, para o qual pede um subsídio ao Governo, e manda elaborar uma planta para a ligação entre Ossela e a Feira dos 18 (Cesar), para a estrada Oliveira – Sever do Vouga pela fábrica do Caima, para a estrada Pinhão - Pindelo e lança o 1º troço da estrada Oliveira de Azeméis – Santo Amaro.

Consegue ainda um subsídio de 7.070$214 reis para a estrada Santiago – S. Martinho da Gândara. Na construção do 1º troço da estrada para Adães, que inicia, vê ser recusada, pela Comissão Executiva da Junta Distrital, a modificação do projecto inicial, recebendo instruções para iniciar de imediato a expropriação dos terrenos necessários, o que faz.

Apresenta uma petição ao Governo para que a estrada Oliveira – Santo Amaro fosse classificada como Distrital – retirando ao Município os encargos com essa construção – no que conta com o apoio do então deputado Ernesto da Costa Pinto Basto, a quem posteriormente fará um voto de louvor pelo seu papel na obtenção desse objectivo.

Como em outros mandatos, a questão do matadouro é abordada nas sessões da Câmara, sendo decidido fazer a venda do edifício por o mesmo não ter as necessárias condições de higiene e estar situado no interior da vila. Por outro lado, foi decidido construir um talho no espaço urbano.

Durante o seu mandato, a acção fiscalizadora é intensa, sendo frequentes as deliberações a intimarem os munícipes a demolirem obras realizadas ilegalmente. Talvez por isso é durante a sua presidência estabelecido que todos os pedidos de licença para obras confinantes com caminhos e estradas fossem acompanhados de planta(s), que ficariam depositadas no Arquivo Municipal.

Outros aspectos marcam a acção de Simões dos Reis, enquanto Presidente da Câmara: a elaboração de Posturas para protecção dos direitos dos animais; a participação na homenagem a Camões; o início da actividade com vista à construção de um hospital no concelho – constituindo uma comissão que se encarregou da primeira recolha de fundos com esse fim –; o protesto apresentado ao Governo pela legislação que transferia para as Câmaras Municipais as despesas com pagamento dos professores primários que se juntavam às despesas já suportadas com o equipamentos das escolas; e também o pedido de colaboração lançado aos padres do concelho, através de um questionário que lhes foi enviado, para que os mesmos compilassem os dados necessários à elaboração dos Anais do Município.

Como curiosidade, refira-se que durante o seu mandato se registou uma visita de inspecção à actividade da Câmara, levada a cabo pelo Governador Civil em Novembro de 1880, e que ficou registada, com o seu visto, no livro de actas em uso.
fonte:

Livro - Presidentes da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis 1 8 0 0 - 2 0 0 9
Edição e propriedade
Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis

António Bernardo da Costa Pinto


Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis entre 1860-1861.

Nascimento
1805 – Oliveira de Azeméis

Falecimento
15/10/1884 – Oliveira de Azeméis

Mandato(s)
1860-1861

Elementos Biográficos
Ficou órfão aos 14 anos, responsabilizando-se pela educação dos seus irmãos, todos mais novos do que ele: José da Costa Sousa Pinto Basto (que viria a ser Par do Reino) e Bernardo José da Costa Basto.

Dedicou-se à política durante 40 anos, militando, primeiro, no Partido Histórico e, depois, no Partido Progressista. Durante esse período, exerceu os cargos de Juiz de Direito Substituto, Administrador do Concelho e também o de Presidente da Câmara. Antes disso, ainda durante o Antigo Regime, tinha sido Vereador da Câmara e Capitão de Ordenanças. Desse posto, pediu a demissão para amparo dos irmãos, alegando que tinha sido incorporado por desavenças pessoais com o comandante da Companhia de Ordenanças, visto que sofria igualmente de incapacidades físicas que o impossibilitavam para o serviço. Face ao exposto, o Rei concedeu a dispensa do serviço activo em 1833.

Em 1846, organizou um Batalhão de Voluntários pela Junta do Porto, que se manteve em combate até à assinatura da Convenção de Gramido. Nessa altura atingira a patente de Tenente-Coronel. Terá rejeitado, nessa ocasião, algumas distinções nobiliárquicas, que lhe foram propostas.Nesse ano fez igualmente parte da vereação da Câmara, situação que repetiu em 1852.

Em 1870 exerceu, por um período de alguns meses, o cargo de Administrador do Concelho. No ano de 1878, apresenta à Câmara uma proposta para a expropriação de um terreno que possuía e era necessário para a construção da estrada para S. Martinho da Gândara. Ainda nesse ano, substituiu, a pedido do mesmo o arrematante das contribuições municipais na cobrança dos impostos.

Em 1880, pede escusa do cargo de presidente do Asilo por ter atingido os 74 anos de idade. O seu feitio conciliador valeu-lhe a alcunha de “Juiz de Paz”, por tentar encontrar sempre uma forma de conciliar os conflitos, tanto na esfera pública como privada. Talvez por isso o seu funeral foi acompanhado por representantes de todas as forças políticas, como forma de homenagear a sua personalidade e conduta.

Após a sua morte, a vereação da Câmara decidiu prestarlhe homenagem, mandando fazer um retrato para colocar na sala de sessões.

Acontecimentos Marcantes do(s) Mandato(s)
Para o período em causa, não possuímos os livros de actasque nos permitam fazer a caracterização do mandato.

fonte:
Livro - Presidentes da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis 1 8 0 0 - 2 0 0 9
Edição e propriedade
Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis